segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A cada Natal ela curte mais montar a árvore… e eu, a cada ano que passa começo mais cedo, rsss, só pra curtir mais estas luzes e a expectativa do Papai Noel chegar! 

 novembro de 2014 - Anna 4 anos
 dezembro de 2011 - 1 ano
 dezembro de 2013 - 3 anos



obrigada!


Este não é um post triste, nem de dor, nem de perdas, por mais que ele comece em um casamento e termine em um velório. Este é um post de amor, de crescimento e de transformação.

Duas coisas tão antagônicas, casamento e enterro. Em menos de 24h fui nos dois locais. Chorei nos dois, me comovi, me emocionei. Fui arrebatada pelo amor dos noivos, verdadeiramente apaixonados, trocando juras, com os olhos brilhando em uma luz de por do sol que parecia encomendada. Fui arrebatada pela cena do filho que perdeu o pai, se despedindo dele no caixão com um beijo. Duas pessoas que eu adoro, e que fiz questão de estar perto nestes momentos tão distintos, tão importantes e indeléveis.

A cada casamento que vou, revivo um pouco do meu.  Relembro dos por ques, dos desejos de uma vida feliz e unida, do objetivo de construir uma família, de ser um grupo, de criar laços fortes e indestrutíveis.

Quando vou a um velório, também revivo minhas perdas tão doídas e o que fiz e o que não fiz nos momentos de despedidas. Não me despedi do meu pai, mal consegui chegar perto dele… mas ao ver meu amigo chorando a morte do seu pai, pude me despedir do meu, de novo. Pude me comover com sua coragem, com a nossa dor.

Acho que por isto os rituais são tão importantes, casamentos, juras, cerimônias, despedidas.  A cada casamento que presencio, que choro junto, relembro meus desejos e minhas próprias juras. A cada despedida, vivencio de forma diferente as minhas perdas e cada vez parece que elas ficam mais claras, presentes e antagonicamente, mais leves.

Nas duas situações neste fim de semana encontrei a mesma coisa: Amor, amor verdadeiro, amor que quase conseguimos pegar, de tão real. É claro que é muito melhor viver laços e enlaces, lágrimas de felicidade do que de dor, mas a morte nos  lembra do por que estamos vivos e de por que precisamos realmente cultivar o que é importante e o que nos faz feliz.  Viver se torna urgente diante dela,  que leva o corpo, traz a ausência mas não apaga o amor e não desfaz os laços construídos com sorrisos, ensinamentos, amizade e companheirismo.

Não dá pra saber o que te transforma mais, mas o fato é que nunca saímos iguais de experiências como estas.  Obrigada vida, obrigada morte.


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sobre morrer e viver

"Mae, Pai, quando vocês vão morrer?"- perguntou a minha filha de 4 anos.

Eu ando até com medo de pegar o carro, e sair por aí com este ser. Será que ela sente que aquela cadeirinha de segurança é um divã?????  "Mãe, fulano mostrou o pipi pra ciclana", Mãe você sabia que é errado mentir?", etc, etc, etc.

Mas esta pergunta, de quando nós vamos morrer me intrigou… respondi que não se sabe quando vamos morrer, que não é uma decisão das pessoas, mas que queremos muito viver para estar com ela por muuuuuito tempo.

Descobri, que a curiosidade veio por que o pai de uma das professoras havia falecido. Não dá pra saber o que se passa naquela cabecinha…

Mas, a pergunta ingenua ( ou amedrontada?)  me fez pensar sobre a morte, e que seu eu puder escolher, quero viver muito para dar a esta garotinha todo amor que ela merece.


TIRADAS DA ANNA 1

Aos 4 anos, sentada numa lanchonete do posto de gasolina com a madrinha e o primo:
"Alguem me explica por que o gato mia?"

e lá vem mais….
Como é feito o papel? por que o céu é azul? Tem cama no céu onde o vovô Joel está? Desacende esta luz??
foto Weber Sian

TROCA TROCA DA VIDA


Logo que a Anna nasceu, alguém, acho que foi a Manu, me falou que alguém disse pra ela que quanto mais rápido uma mulher se "ligasse"de que o filho é da mãe, mais cedo ela seria feliz.
Pra mim parecia óbvio, mas entender é uma coisa. Compreender, sentir, bem é outra história.

Desde o momento em que fique grávida sabia que minha vida mudaria, mas não imaginava o quanto, em grandeza, maturidade e profundidade.

O senso de responsabilidade com aquela vidinha, o amor instintivo, louco, visceral que só cresce a cada dia. As escolhas diferentes, sem sofrer por que nao foi pra esta ou aquela festa, nao jogou conversa fora com os amigos e amigas, nao foi a shopping.  Tudo que ficava distante ou pra traz não fazia diferença, por que o prazer de viver cada novo momento preenchia qualquer falta de noitadas. Tudo ficou em suspensão por um tempo. E não me arrependo disto.

Foram 9 meses na minha barriga. 4 meses mamando no meu peito.  Como vou esquecer aquele serzinho se mexendo pra lá e pra cá? como vou esquecer os enjoos que me levavam ao banheiro umas 14 a 20 vezes por dia? como vou esquecer a dor da cesária ao sair da maternidade e o apego aquela pessoinha, que estava no meu braço? e o choro quando cheguei em casa, quando literalmente senti que daquele portão pra dentro, nada mais seria igual??????

As vezes tento lembrar como era minha vida antes de ser mãe. Existia? Meu Deus, quem eu era??????

Agora, aos 4 anos da Anna, só penso que tenho que aproveitar minha pequena o máximo que eu puder.
Voltei a querer cinema, amigos, happy hour, restaurantes com as amigas e até arrisco algumas mini viagens de 1 dia com o maridão ( 2 noites no máximo, rs).

Como é que posso me arrepender no futuro de - trabalhando o tanto que eu trabalho - não trocar todos os programas superficiais e barulhentos pela convivência com minha amadinha???????? por um aconchego? pelo prazer de rezar juntas antes de dormir? assistir a um desenho animado? ou cozinhar pra ela? vê-la crescer?

Meu desejo? que quando ela for uma mocinha, uma moçona ou uma grande mulher, ela olhe pra traz e me veja em todos os momentos decisivos da sua vida… a cada ciclo que se completar, de cada tombo que se levantar ou a cada lágrima que derramar.

Só tenho uma coisa a dizer, Manu, agora eu compreendo o que você me disse quando voltei da maternidade…

“Hay que endurecer, pero sin perder la ternura"- ajudando a Anna a crescer

Hoje, 26 de outubro de 2014, foi um dia muito importante na minha vida de mãe…A Anna dormiu sem chupeta! Sim, que rufem os tambores, que entrem as luzes e os papéis picados, que pombas brancas voem!!!!!

Achei que ia ser a coisa mais difícil do mundo, tipo, que seria uma missão para o namorado, sei lá… afinal, eu nao sabia se era ela ou eu, quem estava mais apegada ao objeto mágico que fazia com que ela apagasse em 3, 2, 1…

Mas esta minha filha incrível me surpreendeu novamente. Dormiu, sem chupeta.

Foi Assim:
Fomos ao dentista hoje pela primeira vez ( nossa, um dia cheio de primeiras vezes!!!!) e quando saímos, vimos a bebê Shitzu, de 70 dias no Pet Shop ao lado e nos apaixonamos… Aí pensei, acho que pode ser uma boa troca e o começo de uma amizade! 

A tarde quando peguei a Anna na escola, negociei e ela topou. Fomos buscar a cachorrinha que ganhou  o nome de Cristal ( nao sei se até amanha este nome permanecerá…) e chegou já tumultuando a casa, com caminha, raçao especial e até tapete higiênico rssss. Um caos…

Eu e Anna estávamos ao mesmo tempo ansiosas e inseguras de como seria a noite… Eu, Oscar de Melhor Atriz, vesti-me se segurança e passei pra ela com todo amor e firmeza a mensagem de Sim, ela conseguiria dormir e começar um novo ciclo, o das crianças grandes! Teve lágrimas, choro, busca pela chupeta na cama, tentativa de chupar o dedo, agitação, 3 histórias, blá blá, blá.  Cantei mantras, rezamos juntas, canções de ninar, com muito, muito amor e paciência.

Apaguei a luz e dali um pouquinho… o sono das crianças grandes chegou!
Fiquei orgulhosa dela, fiquei orgulhosa de mim. 
Somos parceiras, afinadas. Estou ao seu lado para cada passinho que precisa dar, não importa o cansaço  ou as prioridades. 

Missão de hoje cumprida! 
Amanhã tem mais…


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Neve e Magia

O aniversário de 4 anos da Anna foi incrível.
Ela escolheu o local, o tema, participou de cada detalhe, desde a confecção dos convites, até a escolha do sabor do bolo. O que ela não sabia, é que o papai e a mamãe preparam um surpresa pra ela!
Como o tema da festinha foi o FROZEN, um filme onde a personagem principal é a rainha do gelo e vive na neve, assim que terminou o "parabéns a você" começou a música do filme e… surpresa! começou a nevar!!!
Impagável as carinhas das crianças! 
A Anna com certeza foi a criança que mais se divertiu na festa toda!
e ainda chegou e casa e abriu cada presente!
uma noite mágica!!